Patagônia Argentina

Mais uma vez tudo pronto para pegar a estrada em direção ao território de nossos hermanos: revisão completa do veículo, seguro Carta Verde, cambão (que pode ser um cabo de aço de mais ou menos 3 m), 2 triângulos e um saco para "o morto" (quando houver!!!!) Porém, este preferimos não levar (porque não estamos pensando nisso... kkkk...). Decidimos que se a polícia argentina exigisse numa abordagem tentaríamos comprar na hora.
Rodaríamos cerca de 11.000 km (total) pela Patagônia e nosso destino final seria Ushuaia, a Terra do Fogo ou, se preferir, o Fim do Mundo! (rsrsrs...). Prioridade de passar na Península Valdés (avistagem da fauna marinha) e El Calafate (Perito Moreno). Não sabemos se conseguiremos chegar com nosso Polo 1.6, pois temos notícias de fortes nevascas por toda a região nesta época do ano, mas... vamos ver...

12/07 – 1º dia (partida)
Partimos de Apiúna/SC às 10h da manhã, com duas horas de atraso do horário previsto (Rafa não acordou porque chegou de uma viagem na madrugada anterior). Saímos com sol, porém, após 1 hora de viagem o clima mudou e passamos a transitar sob chuva, o que perdurou durante todo o trajeto. Neste 1º dia rodamos apenas 640 km dos 900 previstos e chegamos em Santo Ângelo/RS por volta das 20h
Temperatura mais baixa: 10°.
Clima: Sol / chuva.
Condições da Estrada: boa.
Gastos do dia:
Combustível: R$ 214,00
Alimentação: R$ 58,40
Pedágio: R$ 24,00
Hospedagem: R$ 85,00
Gorjetas: R$ 2,00
Km dia: 640
Km Acumulada: 640
Gasto acumulado: R$ 383,40


13/07 – 2º dia:

O dia amanheceu com sol e muito... muito frio. Saímos do hotel por volta das 08:30 e seguimos pela manhã 300 km até Uruguaiana, fronteira com a Argentina. Almoçamos, compramos alguns medicamentos de prevenção e trocamos dólares e reais por pesos argentinos (o símbolo usado na Argentina é somente $, porém vamos utilizar AR$). A cotação de cada peso estava R$ 0,50. Trocamos um total de AR$ 5.200,00 pesos. Atravessamos a aduana e fizemos o procedimento de saída do Brasil e entrada na Argentina. Nesta nos foi solicitado a apresentação de documentos de identidade e preenchimento de um documento obrigatório (uma espécie de visto). Este é um processo bem simples, rápido e extremamente necessário, pois a polícia argentina solicita este documento nas abordagens.
Neste dia a estrada do lado argentino estava em obras durante grande parte do percurso, o que foi bastante cansativo. Mesmo assim conseguimos percorrer 960 km até chegarmos em Campañas, próxima a Buenos Aires, por volta das 21h, onde pernoitamos.
Temperatura mais baixa: 0°;
Clima: Sol;
Condições da Estrada: ruim - em obras de duplicação e a pista muito irregular.
Gastos do dia:
Combustível: AR$ 310,00;
Alimentação: R$ 33,50 + AR$ 33,00
Pedágio: AR$ 12,30
Hospedagem: AR$ 170,00
Km dia: 960
Km acumulado: 1.600
Gasto acumulado: R$ 679,55


14/07 – 3º dia:

Desayuno?!?!?! Já havíamos esquecido do delicioso café da manhã dos hermanos: café solúvel e a adorada media luna (que coisa estranha!!! rsrsr....). Embarcamos e tentamos dar partida... Cadê??? O carro dormiu na rua e não teve "cristo" de fazer pegar! Friooooo.... acho que congelou! O dono da hospedaria veio em nosso socorro e, depois de algumas tentativas.... FOI! Blz... Conseguimos sair de Campañas às 07:30 em direção a Ruta 3, que nos levaria à Patagônia. Antes, paramos em um posto de servicio para tentarmos entender o porque do carro não pegar. O atendente nos aconselhou a usar nafta grado 3, ou seja, gasolina aditivada e também nos ajudou a decidir sobre nossa grande dúvida: desistir de ir até Ushuaia nesta época do ano, pois as estradas ficam interditadas por causa da neve! (congelante!!!). Compramos um mapa "patagônico"e traçamos novo itinerário: seguir até a Península Valdés e depois cruzar em direção aos Andes (Bariloche e Villa La Angostura), subindo até Aconcágua, Mendoza (vinhos), talvez Salta e depois.... seja o que "ELE" quiser!!!
Almoçamos em Chillar seguindo pela Ruta 3 até Carmen de Patagones, no litoral argentino. Entramos na cidade e encontramos um hotel "mui hermoso": Hotel Percaz, onde estamos nesse momento publicando este blog e saboreando empanadas com vários recheios e o inseparável cabernet sauvignon, desta vez, "de fin del mundo" (rsrsrs...).
Temperatura mais baixa: 0°;
Clima: Sol / chuva / neve
Condições da Estrada: boa.
Gastos do dia:
Combustível: AR$ 420,00
Alimentação: AR$ 103,50
Pedágio: AR$ 11,85
Hospedagem: AR$ 170,00
Gorjeta: AR$ 4,00
Km dia: 1000
Km acumulado: 2.600
Gasto acumulado: R$ 1.084,23

15/07 - 4º dia:

Depois das duas garrafas de vinho (um cabernet e outro uma combinação de merlot, malbec e tannat) conseguimos acordar somente perto das 10 h (rsrsrs...). Mais um desayuno "reforçado", saímos do hotel e fomos bater pernas pela cidade atrás de um termômetro e de um adaptador para as tomadas argentinas (não dá pra ligar o notebook sem isso). Resolvemos passar esse dia mais light, sem a correria de vários km's de estrada a "cento e tantos" por hora. Dessa vez o carro não deu problemas. Então se liguem, gasolina na Argentina só nafta grado 3. A recepcionista do hotel nos deu a dica para irmos até a costa, que é toda formada por falésias e seguir até La Loberia, um mirante para avistar lobos marinhos (show!!!). De volta a cidade fizemos um lanche e seguimos em direção a Las Grutas, um Balneário de veraneio bem arrumadinho. A estrada até lá estava razoável com retas intermináveis de até 60 km. Chegamos por volta das 18 h. Um rolé pela cidade, um hotel a beira-mar.... banho de banheira pra relaxar, escrever no blog e cama daqui a pouco!
Acabamos de ver no jornal local que a previsão é de neve para toda a costa argentina.
Temperatura mais baixa: -5°
Clima: Sol / chuva
Condições da Estrada: boa
Gastos do dia:
Combustível: AR$ 243,00
Alimentação: AR$ 60,00
Hospedagem: AR$ 220,00
Gorjeta: AR$ 10,00
Km dia: 296
Km acumulado: 2.896
Gasto acumulado: R$ 1.421,98

16/07 - 5º dia:

A previsão de neve não se confirmou (uiaaaa....). O dia amanheceu gelado, pouco abaixo de 0°, normal por aqui, mas nada da tão sonhada neve (por parte do Rafa, rsrsrs...). Saímos do hotel por volta das 8 h e o dia demorou a clarear. O sol só se animou a aparecer às 8:40h, é estranho se acostumar com isso. A estrada até Puerto Madryn estava em obras e bastante irregular, mas nada intransponível e percorremos todo o trajeto (260 km) sem maiores problemas. Retas intermináveis até o destino... Chegamos por volta do meio-dia e almoçamos num restaurante à beira-mar com vista (pasmem!!!) a uma enorme quantidade de baleias francas nadando na praia (show!!!). Nunca tivemos um almoço com uma paisagem tão inusitada!
Estudamos o mapa da península e, como necessitaríamos de pelo menos um dia cheio para conhecê-la por inteiro, decidimos nesta tarde conhecer a orla da cidade, o Eco Centro (museu da vida marinha patagônica), terminando o dia com um pôr-do-sol maravilhoso na Punta Cueva, ao lado do monumento ao Índio Tehuelche, que foi responsável por preservar a cultura indígena na região mesmo após a colonização, que foi gaulesa (aprendeu?!?! hehehe...).
Temperatura mais baixa: 0°
Clima: Sol
Condições da Estrada: regular
Gastos do dia:
Combustível: AR$ 106,00
Alimentação: AR$ 143,80
Hospedagem: AR$ 244,00
Km dia: 325
Km acumulado: 3.221
Gasto acumulado: R$ 1.702,38

17/07 - 6º dia

Acordamos por volta das 8 h (não tem porque levantar antes, pois o dia aqui só amanhece mais ou menos  por esse horário, rsrsrs...). O desayuno foi um pouco diferente desta vez. Além do café e das media lunas, também havia pão, presunto, queijo e suco (uma delícia!!! ).
Pegamos a estrada em direção a Península Valdés. Há duas maneiras de chegar lá: por estrada asfaltada ou por rípio (terra). Optamos pelo rípio, que margeia o oceano, nos levando a pequenas praias com uma quantidade enorme de baleias nadando tranquilamente por toda a costa, a menos de 30 m da praia. Ballenas Francas Australes em cardume! Já viram isso? Fantástico!!!
Almoçamos num aconchegante restaurante em Puerto Pirámides, La Estacion, onde fomos simpaticamente servidos por Lucia e Natalio (indicamos a todos! Vale muito a pena. O atendimento é ótimo e o cardápio é uma delícia!).
Como não haveria tempo hábil para visitar todos os pontos de avistagem de baleias, elefantes e lobos marinhos numa tarde somente, optamos por ficar hospedados dentro da península mesmo, uma opção mais que acertada, pois tanto o Hostel (acreditem, tem até hidro e com vista para o mar do Golfo Nuevo, singular) quanto a vila são mui hermosas! Vale à pena passar uma noite aqui.
Passamos a tarde visitando a colônia de lobos marinhos mais próxima da vila com uma paisagem espetacular da costa, com águas azuis da cor do mar... PAZ!!!
No cafezinho do final do dia decidimos fazer o passeio de barco para avistar as Ballenas em mar aberto. Faremos isso na parte da manhã e os elefantes marinhos à tarde (blz!).
À noite jantamos uma pizza napolitana acompanhada por um Malbec 2007 (oxe!) no mesmo restaurante, onde estamos neste momento... Noite de excessos.... SAÚDE!!!
Temperatura mais baixa: -2°
Clima: Sol
Condições da Estrada: boa
Gastos do dia:
Combustível: AR$ 0,00
Alimentação: AR$ 456,00
Hospedagem: AR$ 200,00
Ingressos: AR$ 140,00
Telefone: AR$ 5,30
Gorjetas: AR$ 31,00
Km dia: 110
Km acumulado: 3.331
Gasto acumulado: R$ 2.118,48

18/07 - 7º dia
No Hostel não serviam o desayuno, mas no quarto, como "mimo", havia uma cafeteira elétrica e vários tipos de chá, café e leite solúvel e uns pequenos biscoitos. Ótimo!
Às 10 h saímos para o mar aberto num lanchão e vimos várias baleias que deram um show à parte, com saltos, piruetas e a famosa "saca la cola" (rsrsrs....), que consiste num mergulho vertical de cabeça pra baixo, deixando somente o rabo fora d'água. Massa!!!
A baleia franca é muito dócil e curiosa. Aproxima-se das embarcações e esta característica facilitava o seu abate pelos antigos caçadores que utilizavam apenas lanças e pequenas embarcações. Hoje a caça é proibida em quase todo o planeta! Amém!
Peninsula Valdés
Almoçamos no mesmo restaurante (realmente é muito bom!), nos despedimos de Lucia e Evo/Keanu (rsrsrs...) e rumamos para Caleta Valdés e Punta Delgada para avistagem de elefantes marinhos, passando por várias lhamas, vicunhas, ovelhas e carneiros pelo caminho.
A primeira, cerca de 70 km de Puerto Pirámides e com muitos exemplares espalhados pela praia, tomando sol e no maior "ronco", quase nem se mexiam (rsrsrsr...). A segunda. seguindo adiante por mais 42 km, sem nenhum exemplar, somente com uma visão fantástica do Atlântico!
De lá seguimos direto para Trelew, cerca de 70 km de Puerto Madryn. Achamos um bom hotel na cidade e traçamos nosso itinerário de amanhã: seguir pela Ruta 25 em direção à Cordilheira dos Andes, atravessando a Patagônia de leste a oeste. O destino final de amanhã será Esquel, a 600 km daqui. A previsão é para tempo bom, sem nevascas na região. Oxalá aconteça! Buenas Noches.
Temperatura mais baixa: -2°
Clima: Sol
Condições da Estrada: boa
Gastos do dia:
Combustível: AR$ 139,51
Alimentação: AR$ 132,65
Hospedagem: AR$ 240,00
Ingressos: AR$ 300,00
Gorjetas: AR$ 10,00
Mapa Argentina: AR$ 20,00
Km dia: 327
Km acumulado: 3.658
Gasto acumulado: R$ 2.539,56

19/07 - 8º dia
Acordamos, tomamos o “maravilhoso” desayuno (não paramos de reclamar disso né? rsrsrs...) e pegamos a estrada rumo a Esquel, atravessando a Patagônia Argentina de leste a oeste. Manhã fria e o sol, como sempre, demorou a aparecer.
A paisagem mudou bastante, ao invés de retas intermináveis com o horizonte a perder de vista, agora havia uma estrada sinuosa com montanhas de várias colorações e tamanhos.
Parada em Los Altares para abastecer e em Paso de Los Indios para almoço. Logo após a El Mock tivemos nossa primeira visão das montanhas nevadas e a verdadeira sensação de estarmos subindo a Cordilheira dos Andes. Este visual nos acompanhou até El Bolsón, já na Provincia de Rio Negro, subindo uns 150 km adiante de nosso destino traçado na noite anterior (Esquel). Resolvemos seguir pois estávamos adiantados na hora (cento e tantos por hora, lembram? Rsrsrs...). A cidade de El Bólson faz fronteira com o Chile e é rodeado de lagos belíssimos. Durante o verão Argentino se transforma num dos principais destinos de pesca do país.
Achamos um bom hotel (Hotel Amancay), Rafa descansou (sinais de gripe) e eu no blog...
Nosso destino amanhã será Bariloche. Não sabemos ainda quantos dias ficaremos lá, vai depender...
Temperatura mais baixa: -1°
Clima: Sol / chuva
Condições da Estrada: boa
Gastos do dia:
Combustível: AR$ 243,00
Alimentação: AR$ 163,00
Hospedagem: AR$ 220,00
Km dia: 760
Km acumulado: 4.418
Gasto acumulado: R$ 2.852,56

20/07 - 9º dia
O dia amanheceu com chuva fina e com previsão de neve para toda a região. Do desayuno nem vamos mais reclamar, rsrsrsrs... acostumamos. Saímos de El Bolsón mais ou menos às 10 h, pois a atendente do hotel nos informou que o horário mais perto do meio-dia seria melhor para pegarmos o trecho que leva a Bariloche (130 km) no caso da previsão se confirmar. Os primeiros kms foram tranquilos, com a chuva fina aos poucos se transformando em pequenos flocos de gelo (parada para muitas fotos, rsrsrs...).
Passamos pela entrada do Parque Nacional Nahuel Huapi, onde existe um posto da polícia local e começamos a subir a serra, já com sinais de forte nevasca, mas, como não fomos alertados por “la policia”, seguimos em frente destemidos (hehehe...).
Menos de 3 km adiante encontramos o trânsito parado com um caminhão, um ônibus e um automóvel sem conseguir sair do lugar por causa de gelo na pista. Aos poucos o caminhão e o ônibus conseguiram seguir adiante e nós tivemos que empurrar o carro até que o mesmo conseguisse sair do lugar. Conseguimos sair dali sem maiores problemas e seguíamos o fluxo em segunda marcha tranquilamente quando, de repente, o carro começou a deslizar de um lado pro outro, nos obrigando a parar e dali não conseguimos mais sair. Uma camioneta 4x4 parou e se ofereceu para nos rebocar. Feito isso, um pouco adiante tomamos o maior susto! A camionete aumentou um pouco a velocidade e nosso carro atravessou na pista, sendo arrastado de lado por vários metros, muito próximo do guard rail (affff....!!!). Um bom começo para quem estava ansioso para ver neve (Rafa kkkkkkk...) Depois do susto, ainda seguimos rebocados por cerca de 10 km, quando o gelo na pista diminuiu e ficamos seguros em seguir sozinhos (gracias hermanos, ficamos devendo essa!). Fomos em frente sem maiores problemas até Bariloche. Almoço, umas voltas pela cidade para procurar hospedagem, mais voltas pela cidade para fotos, frio e descanso...
No jantar, encontramos um recanto aconchegante para saborear empanadas e um bom vinho: Los Pinchos (indicamos a todos). Fica na Mitre, 633. O Cristian irá recepcioná-los com muita simpatia.
Amanhã iremos visitar os Circuito Chico (65 km ao longo das margens do lago Nahuel Huapi) e Cerro Catedral (famosa estação de esqui), onde tentaremos esquiar. Será?!?!?...
Temperatura mais baixa: -10°
Clima: Chuva / Neve (muita) / sol
Condições da Estrada: boa
Gastos do dia:
Combustível: AR$ 0,00
Alimentação: AR$ 197,00
Hospedagem: AR$ 240,00
Gorjetas: AR$ 13,00
Km dia: 130
Km acumulado: 4.548
Gasto acumulado: R$ 3.077,56

21/07 - 10º dia
Região de Bariloche
Despertador tocou às 8 h, massss... a preguiça de levantar associada ao frio e a lembrança do saboroso desayuno não foram suficientes e nem muito motivantes para nos fazer levantar (rsrsrs...). Vamos lá!!! Afinal estamos em Bariloche! O pedaço de terra fora do Brasil com mais brasileiros por cm, m e km2 (nossa prática do espanhol foi por água abaixo, affff....).
Nossa programação para este dia, conforme programado, seria fazer o Circuito Chico e Cerro Catedral. Saímos para alugar botas de neve e, como não sabíamos como seria nosso dia, compramos alguns pães, jamón (presunto), queso e “cueca cuela 2 litros” (isso foi do Rafa, kkkkk...) para um lanche na hora que a fome chegasse.
Partimos para o Circuito já passava do meio-dia e nossa primeira parada foi em Cerro Campanario. Em apenas 7 minutos as cadeirinhas do teleférico te levam até o cume para vislumbrar, segundo a National Geographic, uma das 7 paisagens mais belas do mundo. MARA!!!
Nosso lanche foi um pouco mais adiante, na entrada para a trilha do Lago Escondido. Estava muito friooooo..., tanto que o lago estava semi-congelado.
Seguimos em direção ao Cerro Catedral, que abriga a charmosa e famosa estação de esqui de Bariloche. Subimos de teleférico e curtimos muita neve no alto da montanha.
Na volta paramos em uma casa de quesos para comprarmos um queijo indicado por Cristian na noite anterior: queso Sardo (parecido com nosso parmesão, uma delícia!). Compramos vinhos Trapiche (muiiiiitos vinos). Também, a 6,00 a garrafa, quem resiste???
Estamos nesse momento saboreando-os...
Nosso destino amanhã será o Centro Invernal Piedras Blancas, a menos de 1 km de nossa hospedagem e depois rumamos para Villa La Angostura, que fica a 80 km. Bye! Buenas!
Temperatura mais baixa: -10°
Clima: Sol
Condições da Estrada: boa
Gastos do dia:
Combustível: AR$ 0,00
Alimentação: AR$ 220,00
Hospedagem: AR$ 240,00
Ingressos: AR$ 240,00
Aluguel Equipos: AR$ 50,00
Km dia: 100
Km acumulado: 4.648
Gasto acumulado: R$ 3.452,56

22/07 - 11º dia
Acordamos, desayuno, arrumamos as malas e partimos para o Centro Invernal. Nos perdemos no caminho e acabamos achando o Cerro Otto, que seria nosso segundo destino nessa manhã, mas acabamos decidindo conhecê-lo primeiro. No estacionamento avistamos o primeiro carro brasileiro depois que descemos para a Patagônia (Mauro e família, de Porto Alegre. Abraços!).
Subimos o teleférico panorâmico até o topo, que abriga uma confeitaria giratória (única no país). Mui bela! Assim como toda a paisagem ao nosso redor. Conhecemos também Rodrigo e Cintia, de São Paulo, que estavam vindo do Chile. Trocamos algumas “figurinhas” sobre viagens e partimos para o Centro Invernal Piedras Brancas. Neste nem nos demoramos muito, só o bastante para algumas fotos.
Resolvemos almoçar com nosso amigo Cristian, do Los Pinchos, antes de seguir para Villa La Angostura. Encontramos com Rodrigo e Cintia (havíamos indicado a eles) e passamos boa parte da tarde conversando sobre viagens e mostrando nossas fotos (mui divertido. Valeu pessoal. Nos vemos em setembro! Abraços!).
Demos adios a “BRASILOCHE” (essa foi da Cintia, kkkk…) e seguimos para a Villa La Angostura.
Hospedamo-nos no charmoso Hotel Posta de lós Colonos (lindo!). Nosso roteiro amanhã será o Bosque de Arrayanes. Um café com torta... escrever blog... Até amanhã.
Temperatura mais baixa: -5°
Clima: Sol
Condições da Estrada: boa
Gastos do dia:
Combustível: AR$ 0,00
Alimentação: AR$ 185,00
Hospedagem: AR$ 300,00
Ingressos: AR$ 126,00
Km dia: 110
Km acumulado: 4.744
Gasto acumulado: R$ 3.771,56


23/07 - 12º dia
Região de Villa La Angostura
Ebaaaaa... Amanheceu nevando! Abrimos a cortina e ficamos por um bom tempo admirando a paisagem toda branquinha a perder de vista... Tomamos café e fomos bater pernas pela cidade para fotos e mais fotos. Villa La Angostura é uma charmosa e simpática vila espalhada ao longo da margem norte do lago Nahuel Huapi. Lembra os Alpes Suíços, com suas construções em madeira com os telhados, ruas e pinheiros cobertos de neve (tivemos a sensação de estarmos naquelas cidadezinhas de filmes de Natal, que assistíamos quando crianças, rsrsrsrs...). Outro lugar que indicamos passar pelo menos uma noite. Vale muito à pena!
Passamos no Centro de Informações Turísticas para saber qual procedimento para visitação do Bosque, que fica na península Quetrihué, a uns 3 km em direção ao porto, onde teríamos que pegar um catamarã e navegar por cerca de 1 h até o local. Pegamos um táxi (não quisemos dirigir no gelo, é muito difícil, rsrsrs) e rumamos para o porto, umas voltas... fotos... comprar ingresso... e almoço com pizza patagônica (cervo, javali e truta. Affff.... rsrsrs...). Às 14:30h tomamos o catamarã e navegamos pelo lago Nahuel Huapi, que tem no total cerca de 570 km2 de extensão, em direção ao Bosque de los Arrayanes, localizado dentro do Parque Nacional Los Arrayanes. Com 1.793 hectares, este parque foi criado em 1971 para proteger esta árvore nativa (também conhecida como mirtos), que é símbolo dos bosques andinos patagônicos e chegam a ter até 800 anos de idade e crescem somente 1 mm ao ano.
De volta ao porto, decidimos fazer o trecho de 3 km até nosso hotel a pé, numa gostosa caminhada debaixo de fraca garoa (maravilha!). Descanso... escrever blog mais cedo, pois decidimos comer uma Parrilla completa hoje (affff....). Acho que a noite vai ser de excesso novamente. Heheheh....
Amanhã sairemos cedo em direção a Mendoza. Levaremos dois dias até lá... Bjsssss....
Temperatura mais baixa: -2°
Clima: Neve / chuva
Gastos do dia:
Combustível: AR$ 0,00
Alimentação: AR$ 213,00
Hospedagem: AR$ 300,00
Ingressos: AR$ 400,00
Taxi: AR$ 25,00
Gorjetas: AR$ 14,00
Km dia: 0
Km acumulado: 4.744
Gasto acumulado: R$ 4.247,56

24/07 - 13º dia
Levantamos às 9h, tomamos coffee (???, hehehe...), abastecemos o carro e pegamos a estrada rumo a Mendoza, distante uns 1.100 km de La Angostura. Saímos já passava das 11h e pretendíamos rodar nesse dia pelo menos a metade da distância. Durante a viagem passamos por várias paisagens fantásticas, com montanhas de diversos formatos rodeadas de lagos azuis e esverdeados. Este visual nos acompanhou por um longo trecho, dando lugar, aos poucos, a uma paisagem árida (quase desértica) com horizonte a perder de vista um pouco antes de chegarmos a Neuquén e nos acompanhando até nosso destino de hoje: Catriel.
Achamos um bom hotel, nos instalamos, banho e sair para jantar. Pelo estilo do lugar, achávamos que não iríamos encontrar nenhum lugar digno de menção. Ledo engano! Aqui, numa cidadezinha de uns 15 mil habitantes achamos um restaurante que nos serviu pratos "mui bien" elaborados, estilo à francesa, com direito a sobremesa Tiramisú e Brownie com um espetacular enfeite tipo "asteróide", feito de fios de caramelo congelado. Showwwww....!!! Se vc passar por aqui algum dia, não deixe de conhecer. O nome do restaurante é Café Esquina, no centro de Catriel.
Estamos a menos de 600 km de Mendoza e pretendemos chegar lá logo após meio-dia, a tempo de almoçar uma bela massa seguida de um "limoncello", um licor de limão produzido originalmente no sul da Itália, especialmente na região do golfo de Nápoles, na costa Amalfitana e nas ilhas de Ischia e Capri. É feito à base de limão, álcool, água e açúcar, deve ser mantido no congelador e, consequentemente, bebido bem gelado. Esta bebida é apreciada pela cantora canadense Avril Lavigne, que escreveu, na música "I Can do Better" de seu terceiro álbum de estúdio,"I will drink as much Limoncello as I can and I'll do it again and again and...", o que significa "Eu vou beber o quanto de Limoncello eu quiser de novo e de novo e...(afff... hehehe...).
Hotel... publicar blog com Indiana Jones pra acompanhar na telinha. rsrsrs....
Temperatura mais baixa: 0°
Clima: Sol
Gastos do dia:
Combustível: AR$ 303,00
Alimentação: AR$ 180,00
Hospedagem: AR$ 220,00
Gorjetas: AR$ 16,00
Km dia: 603
Km acumulado: 5.347
Gasto acumulado: R$ 4.607,06

25/07 - 14º dia
A história se repete: acordar, desayuno, estrada...
Retas sem fim... paradas para abastecer... “pipi”... “nham, nham”, estrada...
Passamos por cidades com parreiras e oliveiras a perder de vista, paisagens muí diferentes com direito a visualizar num mesmo lugar as fronteiras de quatro províncias: Neuquén, Los Pampas, Rio Negro e Mendoza.
Como não conseguimos sair cedo (já passava das 10h), não conseguimos chegar a Mendoza cedo (já passava das 17h), e nosso almoço regado a massas e limoncello foi pras cucuias. Hehehe...
Entrada na cidade super fácil, seguindo em direção ao centro, onde ficava nosso hotel. Achamos sem maiores problemas (tínhamos um guia de hotéis na cidade). Hospedamo-nos, banho, descanso...
À noite volta pela praça que tinha uma feirinha de artesanatos muito boa. Compramos algumas lembrancinhas e jantar.
Amanhã nosso roteiro será visitar o Aconcágua e, ser der tempo, cruzar a fronteira com o Chile para passar pelo túnel Cristo Redentor e aventurar-nos pelos caracoles, rodovia que cruza os Andes numa subida forte em zigue-zague. Ebaaaa....
Temperatura mais baixa: 5°
Clima: Sol
Gastos do dia:
Combustível: AR$ 246,00
Alimentação: AR$ 135,00
Hospedagem: AR$ 170,00
Gorjetas: AR$ 18,00
Pedágios: AR$ 2,00
Km dia: 693
Km acumulado: 6.040
Gasto acumulado: R$ 4.892,56

26/07 - 15º dia
Conforme prometemos, mais uma vez não conseguimos acordar cedo... Isso está sendo uma constante nas nossas férias, muito bom!!! (hehehehe....).
Desayuno... mercado para comprar nosso lanche e... Ruta 7 em direção ao Aconcágua (já passava das 10h! affff...), distante mais de 200 km de Mendoza. O visual é fantástico, com a rodovia cercada de altas montanhas coloridas (algumas com o pico coberto de neve) e margeada pelo rio Mendoza, que nesta época do ano está praticamente seco.
Pegamos muito trânsito com caminhões e nossa viagem atrasou ainda mais que o previsto. Mas, chegar e dar de cara com o “SENTINELA DE PEDRA” (Aconcágua na língua Quechua), nos fez esquecer qualquer aborrecimento. A 6.962 m de altitude, o Aconcágua é o pico mais alto do hemisfério sul e do hemisfério ocidental, inferior apenas ao Himalaia.
Deixamos o carro no estacionamento e fizemos uma caminhada de cerca de 1 km até o mirante para termos uma visão de frente do pico. Tempo para meditação... Fantástico!!!
De volta ao carro, um lanche e partimos em direção a fronteira com o Chile, que fica exatamente dentro do túnel Cristo Redentor, com mais ou menos 2.800 m de extensão e que atravessa os Andes.
Na aduana chilena perdemos umas 2h com os trâmites legais de saída da Argentina e entrada no Chile (affff...), fora a imensa fila de caminhões que tivemos que enfrentar tanto de um lado como de outro, e que, fomos saber mais tarde, era devido o trânsito ter ficado bloqueado 4 dias por causa da neve.
Tuuuudo bien!!! (rsrsrs...). Descemos os caracoles tomado pela neve, curtindo cada curva, num total de 29 (todas no formato “cotovelo”, > assim, ou assim <) no maior êxtase!!! Sempre achei essa obra humana fenomenal!!! Subimos rapidinho por entre a fila enorme de caminhões pois o dia já estava chegando ao fim (já passava das 18h) e, se a burocracia do lado Argentino fosse a mesma do Chileno, iríamos chegar em Mendoza só lá pela meia-noite. Mas, sem problemas, pois na aduana Argentina foi bem mais rápido e seguimos pela rodovia agora acompanhados de uma lua cheia maravilhosa, refletindo sua luz na neve dos andes e nas águas do Mendoza (essa, sinto muito meus amigos, só vai ficar na nossa memória. Impossível fotografar!).
Chegamos ao hotel perto das 22h. Banho... lanche no quarto com as sobras (rsrsrs...), escrever blog...
Nosso dia amanhã está programado para compras de muiiiiiiitos “vinos” e “regalos” pra família e encontrar novos amigos no final da tarde. Até +...
Temperatura mais baixa: 2,5°
Clima: Sol
Gastos do dia:
Combustível: AR$ 88,03
Alimentação: AR$ 36,00
Hospedagem: AR$ 170,00
Pedágios: AR$ 23,00
Km dia: 446
Km acumulado: 6.486
Gasto acumulado: R$ 5.051,07

27/07 - 16º dia
Região Central de Mendoza
Acordar, desayuno e, conforme combinado, fomos às compras...
Priorizamos as Calles Las Heras e San Martin que, segundo nos informaram, eram onde as melhores lojas estavam concentradas. Andamos a manhã toda pra lá e pra cá nessa função, almoço lá pelas 14h e à tarde foi dedicada aos vinhos. Compramos muiiiiitas garrafas!!! Tudo de bom!!!
Volta ao hotel para banho pois nosso encontro com os novos amigos de Mendoza estava marcado para às 17:30h na Praça Independência. No horário combinado estávamos lá, mas nada de nos encontrarmos. Como só nos conhecíamos pela net, ficou meio complicado... Andamos de um lado para o outro durante cerca de 1 h e nada! Acabamos desistindo... Rafa voltou pro hotel e eu ainda fui até o Mercado Central comprar algumas manzanas e “frutillas” (morango), que são uma delícia por aqui.
Saímos para um café com torta e voltamos para o hotel. Já passava das 22h nossos novos amigos vieram até o hotel, uma surpresa ótima: Mirian e seu pai, Mario, que nos levaram para umas voltas na cidade e depois para um delicioso café, onde conhecemos os demais membros da família: o irmão Mario e sua mãe Norma. Todos muito simpáticos, adoramos vocês! Quando vierem ao Brasil não deixem de nos visitar...
Voltamos ao hotel já passava das 2h da matina e nem “tchum” pro blog. Os dias seguintes seriam só de estrada (por isso estamos publicando só hoje, rsrsrs...).
Temperatura mais baixa: 15°
Clima: Sol
Gastos do dia:
Combustível: AR$ 0,00
Alimentação: AR$ 75,50
Hospedagem: AR$ 170,00
Gorjetas: A$ 16,00
Km dia: 0
Km acumulado: 6.486
Gasto acumulado: R$ 5.227,57

28/07 - 17º dia
Acordar, desayuno, arrumar as malas e estrada...
Nossa rota estava traçada para chegarmos em Santo Tomé, do ladinho de Santa Fé...
Chegamos por volta das 20 h em nosso destino e tivemos que seguir viagem, pois em Santo Tomé o único hotel que havia estava lotado. Rodamos mais uns 40 km e dormimos em Paraná (ainda na Argentina, rsrsrs).
Temperatura mais baixa: 18°
Clima: Sol
Gastos do dia:
Combustível: AR$ 488,00
Alimentação: AR$ 87,60
Hospedagem: AR$ 275,00
Gorjetas: A$ 10,00
Pedágios: A$ 16,70
Km dia: 917
Km acumulado: 7.403
Gasto acumulado: R$ 5.666,22

29/07 - 18º dia
Acordar, desayuno e estrada...
Sair da cidade foi muito complicado, pois não havia nenhuma placa que indicava a direção que queríamos seguir (Ruta 127, cidade de Federal). Perguntamos a várias pessoas e, depois de mais de 1 h rodando a esmo pra lá e pra cá, conseguimos encontrar a Ruta que nos levaria a nosso destino de hoje: Passo Fundo, já no Brasil.
Almoço um pouco antes da fronteira pra comermos nossa última Parrilla, passagem pela aduana para saída da Argentina e entrada no Brasil e.... VIVAAAAAA...!!! Pátria Amada, estamos de volta (hehehe...). Valeu hermanos, nos divertimos muito e vimos paisagens maravilhosas por aí! Foi show!!!
Chegamos em Passo Fundo às 20h, hotel, banho e... agora sim... blog
Amanhã à tarde chegaremos em Apiúna. Saudades da família e dos dogs!
Finalizaremos essa postagem. Obrigada por nos acompanharem. Faremos outras juntos. Valeu!!!
Temperatura mais baixa: 22°
Clima: Sol
Gastos do dia:
Combustível: AR$ 200,00 + R$ 128,20
Alimentação: AR$ 95,00 + R$ 11,00
Hospedagem: R$ 189,00
Pedágios: R$ 12,00
Km dia: 977
Km acumulado: 8.340
Gasto acumulado: R$ 6.153,92

30/07 - 19º dia
Acordar... café da manhã no Brasil (ebaaaaaa...!!!)... estrada...
Em Lagoa Vermelha iríamos fazer um caminho diferente de quando viemos: seguir pela BR 470 em direção a Barracão, mas, segundo informações, essa rodovia ainda estava em obras (nem pensar!) e fizemos a rota da ida mesmo, passando por Vacaria.
Almoço em Lages (ebaaaaaa...!!! rsrsrs...) e muita ansiedade pra chegar em casa.
Chegamos por volta das 15 h, sendo calorosamente recepcionados por nossa irmã Raquel, mamãe Helga e nossos 5 dogs: a salsicha Cida e os 4 enfezados pinschers Bia, Mikei, Mika e Lua. Agora é hora de curtir todos!
Valeu pessoal! Até a próxima!
Se desejarem alguma dica ou sugestão, nos envie um e-mail...
Rafa: rafaelciquella@gmail.com
Rita: rciquella@terra.com.br
Bjssss.....
Temperatura mais baixa: 25°
Clima: Sol
Gastos do dia:
Combustível: R$ 85,00
Alimentação: R$ 49,00
Pedágios: R$ 14,90
Km dia: 463
Km acumulado: 8.843
Gasto acumulado: R$ 6.302,82

RESUMO DOS GASTOS :
Alimentação: R$ 1.481,18
Combustível: R$ 1.820,87
Hospedagem: R$ 2.038,50
Ingressos: R$ 648,00
Pedágios: R$ 83,83
Gorjetas: R$ 79,40
Outros: R$ 151,04
Obs: Despesas com presentes, lembranças e gastos pessoais não foram consideradas.

Rota da Viagem